INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS
RÁDIO ESCOLAR: POSSIBILIDADES PEDAGÓGICAS
Andrea Trigueiro
Francisco Nogueira
Nívia Penedo
Gutemberg Cavalcanti
Por décadas o rádio tem sido um dos
instrumentos de comunicação muito útil para informar, ao entretenimento, a
prestação de serviço público, ao ensino. Nos anos cinquenta Paulo Freire inicia
nos mercados e nas feiras públicas do Recife o processo de alfabetização por
meio auto falante adaptado a um caminhão de pequeno porte e presos a postes de
energia. A experiência foi vivenciada no Recife, ao que ficou conhecido como
Movimento de Cultura Popular – MCP, sendo ela uma das ideias inovadoras para
alfabetizar as pessoas. Apesar de não ser uma rádio como a conhecemos hoje, a
ideia empregada no processo pedagógico até hoje é tida como criativa e feliz.
Se durante sua invenção o rádio era rodeado por pessoas para ouvirem as radio
novelas, as notícias, os shows de calouros e outras atividades da era do rádio,
hoje, na era digital o rádio modernizou-se, porém assim como a televisão na
escola, ele não foi muito bem compreendido, mesmo se aceitando que ambos os
instrumentos de comunicação podem trazer ganhos significativos quando bem
usados na escola. Se refletirmos a maior parte das ferramentas que estão hoje
na escola não foram projetadas para a escola, mas de alguma maneira ela vem
agregando para si os valores pedagógicos, por ela conceituado, presentes nestas
ferramentas. A Rede Municipal de Ensino do Recife – RMER vem por anos
experienciando o uso de rádios nas escolas, as expectativas são muitas, assim
como acredita-se que as possibilidades também sejam. Esta mesa visa abrir uma
discussão não apenas da condição técnica de instalação da rádio na escola, como
mais um equipamento, mas observar a construção existente do ponto de vista de
seus conteúdos, procedimentos e intensões pedagógicas. Será que o rádio
configura-se de fato como uma ação tecnológica, ou ainda é um desejo de ação?
Como a escola poderá usar de forma eficiente e eficaz um instrumento como a
rádio para produção de textos em diversos gêneros, melhorando assim a escrita?
Quais as possibilidades reais da apropriação da rádio na escola como
instrumento que contribua para a leitura crítica do comportamento humano na
escola? A mesa que se apresenta não terá a pretensão de solucionar tais
questões, mas como já dito, contribuir para a reflexão do processo tecnológico
do uso de rádios escolares nas Unidades de Ensino do Recife.
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